Artista plástico usa iphone para desenhar capa da New Yorker Posted by Daniel Fabricio | Posted in Artes Plásticas |

Algumas pessoas usam seus iPhones para enviar mensagens, outras para se divertir com jogos. O artista plástico Jorge Colombo usou o celular da Apple para criar a capa da revista New Yorker desta semana. Colombo desenhou a capa da edição de 1º de junho, que traz um grupo reunido em volta de uma barraca de cachorro-quente na Rua 42, utilizando apenas o programa Brushes, do iPhone. Os borrões e cores gerados pelo programa pouco preciso criam uma imagem onírica, pouco "tecnológica".

Veja, no site do artista, o video com as pinturas sendo feitas.

Essas são algumas pinturas feitas por Colombo no famoso aparelho.

(clique nas fotos para ampliar.)

- O melhor de tudo é que não parece algo feito digitalmente, bem o oposto - analisa Françoise Mouly, editora de arte da New Yorker - Normalmente a tecnologia vai numa só direção, de tornar as coisas mais precisas. Esse é um uso da tecnologia de uma forma mais livre, o que a torna poética e mágica.

Colombo comprou um iPhone em fevereiro, e o aplicativo Brushes, por US$ 4,99, pouco depois. O artista se disse encantado com a portabilidade e acessibilidade da ferramenta. Ele começou a cena desenhando as estruturas dos prédios, criando então para os contornos dos táxis, as luzes de neon, a barraca de cachorro-quente e as pessoas.

Graças ao iPhone, foi "fácil desenhar sem precisar carregar comigo todos os meus pincéis e papéis. E eu gosto do fato de utilizar uma ferramenta que pode estar no bolso de qualquer um", disse ele.

Existe outra vantagem no aparelho: ninguém repara que ele está desenhando. Colombo disse que ficou parado na Rua 42 por cerca de uma hora sem ser interrompido.

- (O iPhone) dá a ele um anonimato numa grande cidade que um artista com um suporte para telas não teria - diz Mouly.

- Ninguém pode adivinhar que estou desenhando - comemora Colombo - Na verdade, enquanto eu estava em algum lugar pintando, com minha mulher ao lado, perguntavam a ela porque eu trabalhava tanto. Parecia que eu estava o tempo todo enviando mensagens.